a Sobre o tempo que passa: PNUD, Katrina e Scolari

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

7.9.05

PNUD, Katrina e Scolari



Saiu o relatório do PNUD de 2005. A Eslovénia já passou à nossa frente. Mas ainda estamos em 27º lugar. A monarquia norueguesa continua em primeiro lugar, com 97% da população sentada na classe média e com pouca vontade de adesão à União Europeia. Nos Estados Unidos, começa a contagem decrescente sobre os 94 000 desaparecidos do Katrina, apenas com algumas centenas de mortes confirmadas.

Defensores dos modelos cubano e soviético tecem, a propósito, longos discursos contra o capitalismo, que subscrevo no diagnóstico, mas não na profiláctica nem na terapêutica. Porque me recordo de 1755, do cuidar dos vivos, para depois enterrar os mortos. Por cá, com o Katrina, esqueceram os incêndios, tal como, amanhã, discutiremos o Scolari e o Maniche, em vez do relatório do PNUD.